Por Felipe Garcez*

Na última terça-feria, dia 23 de março, mais de seis mil estudantes se reuniram na candelária, no centro do Rio de Janeiro, para participarem da 'jornada de lutas' da União Estadual dos Estudantes (UEE) e da União Estadual dos Estudantes Secundaristas (UEES)em conjunto com a União Nacional dos Estudantes (UNE) e com a União Brasileira dos Estudantes (UBES). Os estudantes saíram pela Av. Rio Branco em direção a Cinêlandia com palavras de ordem que pediam a manutenção do passe-livre, a não implementação do projeto 'conexão aluno' nas escolas estaduais, chamado por eles de 'coleira eletrônica' e que cobravam a promessa do prefeito Eduardo Paes de implementar a meia-passagem universitária na cidade do Rio. A comissão de frente desse grande ato teve placas com recados ao prefeito, como 'prefeito enrolão' e até um sósia do Paes que ficava enrolando alguns estudantes com um carretel.
Apesar da tentativa da policia militar de impedir que os estudantes tomassem toda a Av Rio Branco, inclusive chegando a usar a violência, eles sentaram em frente a secretaria de educação por mais de 10 minutos, onde várias intervenções foram feitas pedindo a presença da secretária Teresinha Porto, que se recusou a descer e recebeu várias vaias. A passeata terminou na frente da camara dos vereadores, na cinêlandia, onde vários vereadores, entre eles Clarisse Garotinho PR, Brizola Neto PDT, Reimont PT, subiram no carro de som e fizeram falas defendendo os estudantes e o projeto de Meia-passagem.
Entendendo o projeto da Meia-passagem: o prefeito Eduardo Paes acatando a cobrança da UEE-RJ enviou para o plenário da camara municipal o projeto que garantiria o estudante universitário pagar meia passagem nas linhas de ônibus da cidade do Rio. No dia 04 de janeiro de 2010, quando os estudantes estavam de férias e não tinham como se mobilizar, os vereadores consideraram que o projeto não tinha mérito, ou seja, não era importante e foi arquivado. A UEE conversou com vários vereadores que garantiram que o projeto não foi aprovado por uma vontade do próprio prefeito, já que o mesmo tem maioria na camara. Aprovar o projeto da meia passagem na capital do Rio de Janeiro será uma conquista importante para todo o estado do Rio, pois servirá de exemplo e ponta-pé para as conquistas na região metropolitana culminando com a aprovação da meia-passagem universitára estadual.

* Felipe Garcez é secretário-geral da União Estadual dos Estudantes Secundaristas e aluno de Produção Cultural da turma 2010.1 do IFRJ Nilopolis.

Mas o impacto é nosso. Essa campanha lançada pelo governador Sérgio Sultão do Petroleo Cabral não está totalmente certa, porém não está totalmente errada. Logicamente que os estados produtores de petroleo precisam receber royalties a mais para pagar os impactos sociais que sofrem com a exploração. Mas isso é na atual produção. O Pré-sal tem que ser dividido, companheiros! Serão 300 bilhões de reais contra os atuais 7 bilhões. Hoje o Rio de Janeiro realmente precisa dos 7 bilhões, mas com o Pré-Sal terá mais do que suficiente. É importante resssaltar que riquezas como essa tem que servir para o engradencimento do país e não de algumas cidades e estados. Afinal, temos que lutar pela igualdade.
Então, companheiros, toda vez que houver campanhas como essa, paramos para analisar a fundo. Senão seremos igual boiada...

Ontem participei de um bate papo com jovens que "fazem algo para mudar o mundo" num bar em botafogo. Foi ótimo, trocamos experiências, sonhos e anseios. Mas uma frase, dita pela Dandara, uma negra linda e favelada com muito, mas muito orgulho, me chamou a atenção: "com fome não dá pra pensar!".
E isso é óbvio ululante, mas nem sempre os pensadores políticos tomam nota disso.
É fácil escutar que a juventude, o povo em geral, precisa se consientizar, precisa se organizar e pensar mais em si mesmo. Mas antes disso tudo, ele tem que se preocupar com o tiroteio que tá rolando na porta da sua comunidade, com o ônibus lotado que ele vai pegar pro trabalho, com o chefe bolado e com a mágica que ele vai ter que fazer pra pagar todas as contas. E tudo isso na melhor das hipóteses, porque fome, meu brother, é uma realidade mais fácil de se ver que a gente imagina.
Então, companheiros, deixo o desafio: ache, conheça, ouça alguém dizer de um pobre que tenha uma crise existencial. Se conseguir, me avise. Porque eu nesses poucos 19 anos ainda não achei.
Afinal, com fome não dá pra pensar.

Então, companheiros, nesse texto de estréia gostaria de dar meus parabéns a todas as mulheres, sem exceção. Que se desdobram em mil e mesmo assim, muitas das vezes, não tem o valor que merece. Porém, quero chamar a atenção para um ponto: as feministas radicais.

Cada vez mais é crescente o número de mulheres que se denominam feministas e, no meu ponto de vista, de feministas não tem nada. Fazem uma defesa cega contra as opressões, mas são elas as maiores opressoras. Oprimem o jeito de vestir das outras, as atitudes e até as posições sexuais. Meus amores, nada que as duas partes estejam a favor é opressão. Então, não me venham com essa de que elas desconhecem a sua posição na sociedade e mimimi. E além do mais é ridiculo essa história de que nós, homens, não podemos participar das reuniões desses movimentos simplismente porque nossa presença as oprime. Então, eu, homem, heterossexual, não posso debater, discutir e lutar contra o machismo? É, feministas radicais, cuidado para não caírem no erro que tanto lutam contra: o sexismo.